Se a indústria automóvel vai começar a fabricar milhões e milhões de veículos elétricos, vai precisar de muitas baterias. Claramente, a capacidade para atender a essa demanda esperada ainda não existe. O mundo vai precisar de mais anúncios como o da construção de uma fábrica de baterias em Greensboro, Carolina do Norte. A fábrica representa cerca de 1/3 do que a Toyota planeia gastar em baterias automotivas nos Estados Unidos na próxima década.
A Toyota não está sozinha, é claro. Poucos dias antes do anúncio da Toyota, a General Motors revelou que planeava formar uma joint venture com a POSCO Chemical. Essa joint venture construirá uma fábrica na América do Norte para processar «materiais críticos para baterias para a plataforma de veículos elétricos Ultium da GM». Com os problemas atuais na cadeia de abastecimento, a GM reconheceu que a joint venture ajudaria a trabalhar no sentido de «construir uma cadeia de abastecimento sustentável e resiliente focada na América do Norte para veículos elétricos...».
É claro que a GM, seguindo os passos da Toyota, fez o seu anúncio logo após a Stellantis declarar a assinatura de um acordo de desenvolvimento conjunto com a Factorial Energy. O desenvolvimento conjunto irá «avançar a tecnologia de baterias de estado sólido de alta tensão para tração da Factorial». A Stellantis observou que este investimento foi apenas um dos muitos em tecnologia de baterias com diferentes parceiros.
Para não ficar atrás da Stellantis, no mesmo dia, a Mercedes-Benz anunciou o seu próprio acordo de desenvolvimento conjunto com a Factorial Energy. A Mercedes-Benz pretende testar protótipos de células de baterias de última geração já em 2022. O acordo de desenvolvimento conjunto inclui até uma participação acionária para a montadora.
Para fabricar todas essas baterias, os metais preciosos estão prestes a se tornar ainda mais preciosos. Conforme relatado pelo Wall Street Journal, a Rystad Energy prevê aumentos acentuados na procura por metais que incluem lítio, níquel e cobalto. As empresas de mineração podem ter uma oportunidade aqui, mas precisarão investir para atender a essas demandas. Só a procura por lítio pode aumentar mais de 20 vezes até 2030.
Não há dúvida de que a longa e lenta marcha rumo aos veículos elétricos continua em andamento. Mas chegar lá continuará exigindo investimentos maciços em veículos, peças, commodities e infraestrutura.